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quarta-feira, 30 de março de 2011

Estação Ecológica de Maracá - Começam discussões para ampliar reserva.




Aconteceu neste mês a 8ª Assembleia Geral Ordinária do Conselho Consultivo da Estação Ecológica de Maracá (Esec Maracá). Na pauta, questões socioambientais e a possível ampliação da reserva, que foram discutidas com representantes de órgãos ligados ao meio ambiente e da sociedade civil. A proposta é aumentar a área de 101 mil hectares para 150 mil. O chefe da Esec Maracá e presidente do Conselho Consultivo, Benjamim da Luz, destacou que as assembleias são um espaço para discutir com a sociedade suas demandas, as necessidades da gestão pública e a efetivação das políticas públicas com participação social. Embora os olhos de boa parte da população estejam voltados para a ampliação da unidade de conservação, ele enfatizou que não se trata de uma audiência ou consulta pública.  “Foi apresentado aos conselheiros o que já foi mostrado em outro momento: o projeto de ampliação da estação com seus limites, onde possamos tirar eventuais dúvidas tanto dos conselheiros quanto da comunidade”, disse. Posterior a esse evento, aí sim, será realizada uma consulta pública ainda este ano. No final do ano passado o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) tentou ouvir a população sobre o aumento da reserva ambiental, porém uma liminar impetrada pelo Governo de Roraima suspendeu o evento. O Executivo pediu e o Judiciário entendeu que o prazo dado pela autarquia federal para que o governo se manifestasse sobre a questão era insuficiente. O debate ainda envolvia o aumento do Parque Nacional do Viruá e a redefinição de limites e recategorização da Reserva Florestal do Parima. A Estação Ecológica de Maracá fica dentro do rio Uraricoera, entre os municípios de Alto Alegre e Amajari. Pela proposta, a unidade de conservação saltará de 101 mil hectares para 150 mil, sendo que metade dessa área de ampliação já está inserida na Reserva Florestal do Parima. 
ENTORNO – O analista ambiental do ICMBio, Bruno Souza, que atua como secretário executivo do Conselho, ressaltou que outras situações que ocorrem no entorno da Esec igualmente são tão importantes e merecem atenção. Ele citou demandas de uma escola pública situada na região, problemas em projetos de assentamentos e eventuais esclarecimentos sobre outras questões que surgirem. “Pegamos essas demandas e encaminhamos a instituições para que possam ser resolvidas”, explicou. 
PROGRAMAÇÃO – Constou ainda na programação o planejamento do aniversário de 30 anos da Esec Maracá, a primeira Estação Ecológica criada no Brasil; apresentação de projetos do Sebrae; palestras, oficina de massa de modelar; e apresentação do ritual do Parixara pela comunidade do Boqueirão, além de degustação de produtos indígenas.
Reportagem: Andrezza Trajano


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