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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Projeto vai resgatar Forte São Joaquim.




Maquete terá todos os detalhes de como foi o Forte São Joaquim.


O Exército brasileiro, em parceria com o Governo de Roraima, lançou ontem o projeto “Memória do Forte São Joaquim do Rio Branco”. De iniciativa do desembargador Gursen De Miranda, o projeto pretende resgatar a memória do Forte, tornando o local acessível a toda população.  Com isso, será realizada a preservação e revitalização do sítio arqueológico do monumento que marcou as primeiras ocupações do Estado de Roraima. O projeto prevê a preservação das ruínas do Forte, bem como a construção de uma réplica em tamanho original no local. A intenção é também abrir o local para visitação, possibilitando sua utilização tanto no turismo quanto no acesso aos estudantes e interessados pela História do Estado. Estão incluídos no projeto trabalhos de limpeza, conservação e urbanização do lugar, para que se transforme num espaço de visitação pública. Dentro da réplica, devem ser implantados ainda um museu e uma biblioteca histórica. Segundo o idealizador, Gursen de Miranda, a ideia é começar as obras no início do ano que vem, com conclusão prevista para 2014. Os recursos ainda não estão garantidos, mas já foram iniciados diálogos para consegui-los por meio de emendas parlamentares. “Essa é uma questão que transcende a questão partidária, por isso acreditamos que haverá um engajamento de todos os nossos políticos”, pontuou. O 6º BEC (Batalhão de Engenharia e Construção) vai trabalhar na construção da réplica em tamanho natural do Forte. Para isso, falta apenas a conclusão dos estudos de viabilidade na região.  A Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femah) vai ser responsável pelo estudo de impacto ambiental a fim de viabilizar a construção.

Tombamento: 
Em abril de 2001, por solicitação do Conselho de Cultura do Estado de Roraima, o Forte São Joaquim do Rio Branco foi tombado provisoriamente como patrimônio histórico da humanidade, concedido pelo Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico Nacional de Roraima (Iphan-RR). Para que seja concedido o tombamento definitivo, são necessárias audiências públicas com a finalidade de que o conselho consultivo do Iphan realize o crivo final. “Em novembro de 2010, foram realizadas medições em seis canhões que faziam parte do Forte. É apenas uma questão de tempo até que todo o trabalho seja finalizado e assim seja concedido o tombamento definitivo”, afirmou a superintendente do Iphan-RR, Mônica Padilha. Paralelo ao projeto “Memória do Forte São Joaquim do Rio Branco”, já há um trabalho em andamento nas dependências do 6º Batalhão de Engenharia da Construção para a construção de uma miniatura do Forte em Boa Vista. Em um trabalho realizado sem investimentos governamentais, tocados com recursos próprios de colaboradores interessados no resgate histórico-cultural do Estado, o 6º BEC e o Iphan-RR pretendem reconstruir o ambiente da época, por meio de uma maquete do Forte em miniatura, usando objetos como canhões, bandeiras históricas do Brasil, além da representação dos rios Uraricoera e Tacutu. O tenente-coronel Mateus Teixeira Ribeiro, que também é historiador, falou sobre a importância do resgate histórico como ponto fundamental para o fortalecimento da cultura do Estado. “O Forte de São Joaquim foi essencial na História de Roraima e agora vai estar disponível, em forma de réplica, para que se fortaleça esse laço que existe entre a construção deste forte e a história do Brasil”, disse. Para a reprodução foram estudadas as plantas antigas coletadas por historiadores da cidade, livros de famílias tradicionais que possuem relatos acerca da fronteira, fotografias e, até mesmo, imagens de satélite para observar o correto posicionamento geográfico do Forte. O projeto artístico é assinado pelo artista Paulo de Tarso. O Forte São Joaquim do Rio Branco foi erguido de 1775 a 1778 na confluência do rio Uraricoera com o Tacutu. A ocupação do lugar se deu por recomendação da Coroa Portuguesa, preocupada com os avanços dos ingleses, espanhóis e holandeses nas regiões fronteiriças do Brasil.

Reportagem: Yana Lima

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