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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Exército e Iphan fazem visita ao Forte de São Joaquim do Rio Branco para reconhecimento das Ruínas.






O 7º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), visitaram o Forte de São Joaquim, localizado no município de Bonfim, para o reconhecimento das ruínas do local que será tombado como patrimônio nacional. A visita aconteceu quarta-feira, dia 18. O Forte de São Joaquim foi idealizado em torno de 1752, mas sua construção só ocorreu em 1775, pelos portugueses, com a finalidade exclusiva de defender a região da expansão colonial espanhola, holandesa e inglesa, que já haviam tido conhecimento das terras que cercavam o Rio Branco. Hoje, as ruínas do Forte são um marco de memória da ocupação do território e, principalmente, desse processo de contato dos europeus com o continente americano. Apesar de nunca ter funcionado ativamente em confrontos, o Forte de São Joaquim foi uma importante sede administrativa da Coroa Portuguesa para a região. O local foi tombado como Patrimônio Histórico do Estado no dia 22 de abril de 2001. A obra foi concluída finalmente em 1778 e recebeu a denominação de Forte São Joaquim do Rio Branco, em virtude de localizar-se em uma área onde ficava a fazenda real de São Joaquim. A edificação seguiu os padrões de construção de fortes lusitanos, com formato paralelogramo e seu lado maior voltado para o rio. O Forte São Joaquim possuía, em sua guarnição inicial, 10 canhões, dos quais, oito eram de ferro e dois de bronze. Das peças de ferro, cinco se encontram atualmente em frente ao quartel do 6º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC). Esse será o primeiro tombamento federal de Roraima. "Nós estamos aguardando apenas a parte burocrática. No ano passado recebemos um técnico do Rio de Janeiro, especializado em fortes, que veio para fazer algumas medições. Só precisamos finalizar o trâmite que existe dentro do Iphan", contou a Superintende do Instituto, Mônica Padilha. O tombamento virá como uma forma de preservar o Forte de São Joaquim, que hoje está em ruínas. "A princípio, nós queremos garantir a preservação do Forte. Impedir que ele se degrade ainda mais e, com isso, será elaborado um projeto científico para pesquisa, uma escavação arqueológica e outros processos. Com os resultados, nós pretendemos criar um museu, além de fazer uma estrutura básica de apoio ao turista", relatou o arqueólogo do Iphan, Roberto Costa. A viagem de reconhecimento contou com uma estrutura organizada do BIS, além da presença do general Franklimberg Ribeiro de Freitas. “Nós temos inúmeros fortes na região amazônica. Esse é o nosso único em Roraima, por isso o interesse do Exército em trabalhar junto com Iphan, para podermos recuperar a memória do Forte de São Joaquim”, falou o General.

O que é um tombamento? 
É um modo de proteção, uma das ações mais importantes quando tratamos do patrimônio de natureza material. Proteger um bem cultural significa impedir que ele desapareça, mantendo-o preservado para as gerações futuras.

Como acontece o processo de tombamento?
Qualquer pessoa, física ou jurídica, pode pedir ao Iphan (Instituto responsável por esse processo em nível federal) o tombamento de um bem com valor cultural. O pedido passa por uma avaliação técnica preliminar e, se esta for positiva, o processo é encaminhado ao Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural.

Reportagem: Camila Costa.

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