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terça-feira, 5 de julho de 2011

Esporte: Jovem Roraimense se destaca no Basquete Internacional.




Thiago Cordeiro é pernambucano de nascimento, mas considera Boa Vista sua terra natal. Por aqui chegou ainda criança. Hoje tem 25 anos e 2,08m. Tal altura bem aproveitada nas inúmeras enterradas, tocos e vários títulos conquistados jogando basquete por esse Brasil e mundo afora. Thiago conciliava os estudos com o futebol, alimentando um sonho comum de muitas crianças, o de ser jogador de futebol. Depois de atuar como zagueiro e goleiro percebeu que não passava de um peladeiro. Ele contou que um dia foi ao ginásio Totozão e começou a brincar de basquete. Tinha 13 anos e 1,85m. Com então 15 anos, foi sozinho de férias para Recife. Um dia, brincando de basquete com outros jovens, o técnico do time de basquete do Colégio Atual de Boa Viagem o convidou para jogar pela escola, onde Thiago passou três anos. Depois desta temporada, retornou para Boa Vista, mas teve que voltar ao Recife após o convite da mesma escola, que queria que Thiago integrasse a equipe do Colégio Atual, onde concluiu o ensino médio. Ainda na capital pernambucana, o jovem passou para o curso Sistema da Informação, na Faculdade Mauricio de Nassau. Integrou a equipe para os Jogos Universitários (JUB’s). Thiago foi o destaque da competição e foi convidado para jogar na Seleção Brasileira Universitária, que jogou o Sul-Americano de 2003, realizado no Chile.

Começando uma carreira profissional.
Depois da competição no Chile, a vida de Thiago ganhou um novo rumo. Times brasileiros passaram a ter interesse pelo jovem. Seu primeiro contrato foi com equipe de São José dos Campos (SP), onde ele jogou por 12 meses. Em 2004, foi para o time de Guarulhos, também em São Paulo, onde ficou oito meses. Por ter sido destaque numa competição, recebeu convite para jogar nos Estados Unidos. À época, Thiago estava com 19 anos. “A pessoa que me convidou para jogar nos Estados Unidos ficou três meses sem me dar notícias. Quando apareceu, foi perguntando se eu já estava com toda documentação em mãos. Eu disse que sim, e ele disse que viajaríamos no dia seguinte”, lembrou Thiago. O ano era 2005. Com a confirmação da viagem, a primeira atitude de Thiago foi tatuar uma bola de basquete nas costas. Depois avisar aos pais sobre a tatuagem e a viagem para o país do Tio Sam. “Não acreditava que meu sonho estava se realizando. Fui para os Estados Unidos sem saber para qual estado americano estava indo, em qual equipe jogaria e sem falar nada em inglês”, disse o atleta. Sua primeira atuação foi pela Barton Communite College, no estado de Kansas, onde jogou por dois anos. Depois pela University de Dayton, estado de Ohio, ficando por um ano. Em 2008, jogou pela Arkansas Tech University, jogando por um ano. Neste período, Thiago se formou em Comunicação, com habilitação em discurso, jornalismo e teatro. Em competição, ainda no primeiro ano de faculdade, foi destaque nacional, porque liderou o ranking em número de ‘tocos’ nos jogos universitários. No último ano foi escolhido para fazer parte da seleção da conferência da região e dos Estados Unidos. Concluída a faculdade, procurou um agente japonês para cuidar de seus contratos. O primeiro contrato assinado foi com a equipe Fukuoka Rizing, do Japão, onde Thiago jogou por dois anos. Passadas as dificuldades em outros países, principalmente com o idioma, hoje Thiago fala inglês, espanhol e um pouco de japonês. Enquanto está de férias em Boa Vista, seu agente analisa contratos das equipes japonesas e brasileiras, que querem ter Thiago para a próxima temporada de jogos. Seu outro sonho é jogar pela Seleção Brasileira de Basquete, mas enquanto não se concretiza, Thiago segue sua carreira dando tocos nos adversários e enterradas nas cestas dos diversos ginásios espalhados pelo Brasil, Estados Unidos ou Japão. 

Reportagem: Edilson Rodrigues

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